Indicadores de custos da Construção Civil

Se você atua ou empreende na área da construção civil, deve estar acostumado com as várias mudanças que ocorrem no mercado. Elas são reflexo da situação econômica do país. Para acompanhar de perto as tendências, existem alguns indicadores da construção civil que você deve sempre consultar. 

De forma geral, quando falamos em indicadores econômicos, estamos falando de dados e estatísticas oficiais, de maneira direta e quantitativa, que retratam uma situação econômica. Com esses números é possível mapear e planejar ações dentro do seu negócio ou até mesmo políticas públicas. Simplificando, eles são tão importantes, pois com eles é possível conhecer e compreender a situação econômica do país e tomar boas decisões. 

Agora que você já sabe porque eles são tão importantes, vamos a relação dos principais indicadores da construção civil!

Sinapi 

Mantido pela Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – Sinapi, é uma tabela com dados sobre preços de serviços e insumos utilizados na indústria da construção. Esses dados são coletados e tratados pelo IBGE e repassados para a Caixa, que realiza a especificação de insumos, composições de serviços e orçamentos de referência. 

Com base na tabela Sinapi é possível realizar os orçamentos de obra de maneira coerente com o mercado. No caso de obras públicas, é obrigatório o uso destes dados. Sua atualização é feita mensalmente e corresponde ao custo do metro quadrado, incluindo materiais, equipamentos e mão de obra. 

Você encontra mais informações sobre o Sinapi, no site da Caixa Econômica Federal

Índices Ibre

O Ibre – Instituto Brasileiro de Economia é mantido pela Fundação Getúlio Vargas – FGV e possui grande credibilidade no mercado. O Instituto é responsável por diversas pesquisas e índices econômicos do país, em áreas como comércio, indústria, serviços e claro, construção civil. 

Dentre os índices monitorados pelo Ibre, podemos destacar os seguintes:

  • INCC – Índice Nacional de Custo da Construção: calcula o aumento dos custos de insumos que se empregam as construções habitacionais que são financiadas
  • IGP-m – Índice Geral de Preços (mensal): também é conhecido como inflação do aluguel porque uma de suas funções é corrigir os preços desse serviço. Também é usado na atualização das tarifas de financiamento imobiliário.
  • ICST – Índice da Confiança da Construção: é o indicador da percepção dos empresários em relação ao passado recente e perspectivas do setor.
  • Índice Geral do Mercado Imobiliário Comercial (IGMI-C): é o primeiro indicador de rentabilidade do setor imobiliário brasileiro, com foco em imóveis comerciais.

Os dados são coletados em todo território nacional e divulgados mensalmente. Informações podem ser obtidas no site da Instituição.

CUB/m²

Orçar um projeto é, sem dúvida, algo extremamente complexo. Para evitar equívocos que impactaram no desenvolvimento da obra, existe o Custo Unitário Básico por metro quadrado – CUB/m². Desde a década de 60, o CUB passou a ser calculado para trazer maior precisão nas estimativas de custos. 

Conforme a Lei nº 4.591/64 ele deve ser calculado todo mês pelos Sinduscons de cada estado, com base nos preços de produtos e serviços. Esse processo tem sido realizado em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, a CBIC, que unifica e disponibiliza todos esses dados a nível nacional. 

O preço do metro quadrado determinado pelo CUB é dividido por padrões de edificação, da seguinte forma: 

  • R1: residência unifamiliar;
  • PP4: prédio popular;
  • R8 e R16: residência multifamiliar; 
  • PIS: projeto de interesse social;
  • RP1Q: residência popular;
  • CAL8: projeto comercial de andares livres;
  • CSL8 e CSL16: projeto comercial de salas e lojas; e
  • GI: galpão industrial.

Todas essas informações assim como o valor do CUB pode ser encontrado no site. 

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